Forrada de carne, de sangue e de angústia
tenho uma cela de alva com persianas
onde à noite transformo com minúcias
a solidão das coisas inumanas.
Cismo uma estrela: é desumana,
alumiando à toa o firmamento.
Tomo-a num facho florindo em chama
o destino dos mortos ao relento...
Sei que de noite hão-de matar-me:
já cismei o vento, tenho convidado...
Longe deste cárcere de sangue e carne,
morrerei no campo pela brisa alisado.
E da vida chorada inutilmente
a morte se for justa já ma paga,
que o halo da vida renascente
até nas asas dos corvos de propaga...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
O problema é que ela já não está viva
Destino (...) já nem sei se acredito nele. Sabes, Ema, escreves tão bem! :*
Menina fantástica :$
Força
palavras fortes.
Tentei sentir cada palavra. Pefeito, este.
Fantastica :D
(já coloquei mais um textinho) *.*
Beijinho e força
Enviar um comentário