sábado, 24 de janeiro de 2009

Cartas (#3)

Tiago, meu Tiago
Sim eu chorei. Toda a gente chora. Todos temos problemas. Eu também tive um mas felizmente já passou. Obrigada pelo teu apoio. Obrigada por seres meu amigo, e obrigada por seres quem és.
Quando vi a tua cara de pânico a olhar para mim, quando vi toda a gente de olhos postos em mim, senti que ia demaiar. Mas tu estavas lá... como estás sempre, para me apoiar. A tua voz e os teus olhos são os únicos que me conseguem amparar.
Continua a segurar-me na vida e nas aflições meu Tiago.
Continua com a tua, e para sempre tua, Ana.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Cartas (#2)

Ana, cherry...
Confesso que até achei esta ideia das cartas interessante. E sim, tabém acho que servirá para nos aproximar... ainda mais.
Hoje foi a primeira vez que te vi chorar. Foi a primeira vez que eu vi os teus lindos olhos encherem-se de água. Mas era a água mais pura que eu já vi em toda a minha vida. Não pensei que fosse possível. Nunca tinha pensado na possibilidade de ver duas belezas como os teus olhos assim tão tristes.
Peguei-te na mão e com muito cuidado puxei-te para mim. E aí o teu rosto transformou-se na noite interminável que atravessa cada tarde. O teu rosto.. o teu belo rosto. Sim era tudo o que eu tinha. Eu teu rosto no meu peito, as tuas lágrimas na minha camisa, e o teu nome no meu coração. O teu nome era tudo. Tu eras tudo. Tudo.
Diz-me amor... porque choravas? Porque tanta tristeza?
E eu passava a minha mão na tua cabeça e dizia: "Calma cherry, tem calma querida..." e beijava-te a testa.
Não deixes que o oceano te veja chorar. Pois quererá ter as tuas lágrimas para se poder tornar mais puro.
Sabes que estarei sempre aqui. Sabes que serei sempre o teu: Tiago.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Cartas (#1)

Querido Tiago:
Finalmente arranjámos um meio de fazer passar as nossas cartas. Já não era sem tempo. Eu sei que estamos juntos praticamente todos os dias, mas este nosso "jogo" das cartas vai servir para nos apróximar.
Hoje quando te vi senti um calafrio. Senti medo de te perder e de repente senti que és uma pessoa muito importante na minha vida. Que seria eu sem as tuas palavras, os teus olhos ou a tua simplicidade? Seria a mesma sim, tal e qual quando ainda não te conhecia... Mas no entanto agora sinto-me bem mais completa e protegida.
Protege-me para sempre, proteges Tiago? Sê meu companheiro neste jornada a que chamamos vida. Protege-me com as tuas palavras e carinho, sim meu querido?
Fazes parte de mim. Fazes parte da tua: Ana.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Dead boy's poem

If you read this line, remember not the hand that wrote it. Remember only the verse, songmaker's cry, the one without tears. For I've given this its strength and it has become my only strength.
Comforting home, mother's lap, chance for immortality, where being wanted became a thrill. I never knew... The sweet piano writing down my life.
Teach me passion for I fear... it's gone. Show me love, hold the lorn. So much more I wanted to give to the ones who love me. I'm sorry!! Time will tell... I live no more to shame, nor me nor you.
And you... I wish I didn't feel for you anymore...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Pensamento

Sem dormir dava voltas e mais voltas na minha cama fria.
(A chuva caía la fora, o meu relógio de parede fazia tic-tac sem parar, e eu pensava em ti.)
O meu desejo era apenas um: que estivesses comigo. Então eu iria olhar para ti e sorrir e tu na tua doce voz irias dizer "Amo-te". A seguir trocariamos um pequeno e suave beijo e eu fecharia os olhos e finalmente iria poder adormecer.

Mas tu adormeceste primeiro...

(Tão simples e tão complicado...)

domingo, 7 de dezembro de 2008

Piano pérola

Em pé olho-o.
Ah, belo objecto, infinita doçura.
Pecado feito de madeira.
Olho as minhas mãos, os meus dedos: "Técnica Ema! Usa a técnica"
Martelo as teclas brancas, pretas, pretas e depois brancas do piano cor de pérola.
Mas os dedos nao conseguem, a técnica foi-se (como tu te foste) já não sei tocar.
As minhas mãos, antes o meu instrumento, agora são mortas. Sem vida.
E vou martelando as teclas uma a uma, duas, três. Mas é isso: martelar as teclas, pois eu já não consigo tocar com sentimento.
Não, esse foi-se (quando tu foste).
O piano chora, lamenta. E eu, assim como ele, choro. Cai uma lagrima em cima da tecla e, as minhas lagrimas junto com as do piano, tornam-se numa poça.
- Ema tens de usar a técnica.

Mas eu já não sou capaz. Já não consigo tocar, e o meu piano pérola ficará para sempre ao abandono, tornando-se um simples objecto decorativo, lamentando-se todas as noites, chorando.
E as teclas outrora brancas, ficaram amareladas, as pretas sem brilho. Ficará desafinado.

Dantes eu tinha um piano com vida, agora o meu piano morreu.
Como tu...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Simplesmente*

Quero fugir, não consigo.
Quero sorrir, não consigo.
Quero ver-te, tento, e não consigo.

Aindo sinto o teu cheiro, o teu toque, as tuas palavras.
E as tuas mãos...

As tuas mãos que me esmagam o coração, como quem esmaga um insecto.
Brincam com ele como uma criança que brinca com uma bola de borracha.

Sangro, choro, grito, morro, sofoco... e a dor não passa.

Quero sentir a tua mão na minha novamente, o teu cheiro na minha pela, a textura do teu cabelo.

Simplesmente quero-te.