sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Nas escadas da morte

Nas escadas da mortes eu caminho. Não para cima, para baixo. Tento escapar e não consigo. Algo me corta a respiraçao, e num instante fico sem oxigénio. Tento escapar mas não consigo. Agarras-me com o teu olhar misterioso como se um foco de luz se tratasse e no entanto foges de mim sem eu querer, dançando por entre a multidão que desce as escadas da morte ao meu lado.
Vem.
Fica comigo.
Mas tu vais. Com a tua capa ondulante de negro veludo.
Chego ao fim das escadas. Um coche de ébano espera-me enquanto o seu cavaleiro medita à luz da branca lua que ilumina o céu.
E partimos. Por entre os ciprestes atravessamos a noite de breu. Não me importo com o que irei encontrar, pois sei que talvez estarás comigo ao meu lado. E nessa altura serás meu. Irei sugar o teu sangue, tirando-te a morte e dando-te a vida.

Ao meu lado seremos um só.

2 comentários:

Joanita disse...

Escrevo sobre o amor porque penso que este seja o sentimento mais complexo do ser humano. =/

Beijinho

P' disse...

É estranho o q escreves , tudo sobre a morte , mas tem tudo sentido !
Admiro os teus textos ! :p